Resenha: Assassinato no Expresso Oriente - Agatha Christie
Tìtulo Original: Murder on the Orient Express
Autor(a): Agatha Christie
Ano de Publicação: 1934
Editora: L&PM Pocket
ISBN: 9788525430090
Sinopse: Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Uma americano é encontrado morto em sua cabine, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.
Sabe aquele sentimento que você termina o livro com a sensação que faltou alguma coisa, algum tempero para deixar o sabor da leitura melhor? É assim que eu finalizei a leitura do meu primeiro romanco da Agatha Christie - com aquela sensação de é só isso mesmo? Quando você pensa que o livro é uma coisa mas na verdade é outra mas não de forma positiva, infelizmente.
Eu já tenho um histórico não muito favorável com a autora, pois há uns três anos eu abandonei a leitura do livro Um Corpo na Biblioteca, por achar tudo muito massante e chato a forma como ela narrava a história, que tinha tudo para ser bem mais emocionante, porém não estava me prendendo a leitura por mais que eu me esforçasse.
As primeiras cento e setenta páginas de Assassinato do Expresso Oriente não foi muito diferente. Além de massante, eu tinha a sensação que eu estava lendo uma receita em como resolver um assassinato - primeiro analize o local do crime, depois interrogue os passageiros, e por último sente para pensar no caso. Achei desnecessário metade do livro ser somente depoimentos de testemunhas. Os personagens pelo menos foram interessantes por todos eles serem de nacionalidades diferentes e terem um passado curioso que de alguma forma, podia incriminá-los.
Gostaria de ter gostado mais do Poirot e a sua forma de investigar e lidar com a situação, mas não gostei em como muitas vezes ele parecia arrogante. Também não gostei da falta de uma tensão mais pungente - porque uma pessoa assassinada na própria cabine do trem é de deixar qualquer um por perto nervoso (a) mas teve momentos que nem parecia que havia ocorrido um assassinato no trem nos primeiros capítulos.
O final e a resolução do caso conseguiram me surpreender, depois de eu quebrar a cabeça tentando adivinhar quem cometeu o crime - achei a explicação bem criativa. Apesar disso, minha birra com o livro não diminiu e sinceramente, não tenho certeza se vou voltar a ler qualquer coisa da Agatha de novo (talvez no futuro eu tente O Caso dos Dez Negrinhos) mas por enquanto fica o sentimento de quase uma decepção se não fosse pelo final.
Sou muito fã de literatura policial, tanto que li muito Arthur Conan Doyle e um romance do Sydney Sheldon (A Outra Face, eu recomendo porque é fantástico) e todos eles eu realmente mergulhava na história, sentia o drama, o desespero, suspense e as tentativas de Sherlock Holmes e do Judd Stevens respectivamente de salvarem a situação. Não somente eles, mas até mesmo a série Os Karas do Pedro Bandeira conseguia despertar esses sentimentos - mesmo sendo uma leitura "mais leve" comparado com os outros dois. Conta muito o aprofundamento dos personagens e da trama, coisa que senti muita falta neste livro em questão. Li que a Agatha não é de se aprofundar muito nos personagens e bem... Não curto mesmo.
É uma leitura leve para você que está sem opções ou quer ler alguma coisa rápida e sem drama. Mas se você deseja procurar um romance policial de tirar o fôlego, Assassinato no Expresso Oriente pode te decepcionar.
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