[Projetor] Dunkirk
Histórias de guerras já foram contadas incansavelmente nos últimos anos no cinema e na televisão, a maioria grande produções que foram aclamadas pela crítica e pelo público. Este ano tivemos um filme de guerra vencedor do Oscar - Até o Último Homem - e 2017 está sendo generoso com os fãs do gênero como eu com a estréia de Dunkirk.
Em 1940 soldados franceses e ingleses estão encurralados em Dunkirk na França pelo alemães, obrigando os aliados a montarem a Operação Dínamo para resgatar o exército. O longa acompanha três histórias: Farrier (Tom Hardy) um piloto que precisa destruir um avião inimigo que se aproxima de Dunkirk, Dawson (Mark Rylance) um civil britânico em alto mar que leva o seu barco de passeio para ajudar no resgate e o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) que está preso na praia tentando sair a qualquer custo.
A experiência de ver o filme no cinema ajuda na imersão que o longa metragem insere no expectador, transformando a experiência muito mais real e perturbadora pelo horror e desespero da guerra. Com poucos diálogos e a maioria dos personagens secundários sem nome, o filme é quase todo narrado de duas formas: pelas expressões e ações dos protagonistas e pela trilha sonora.
As decisões de cada um dos vários protagonistas são decisivas e estas influenciam uns aos outros durante todo o filme. Um personagem secundário que chamou a atenção por sua curta história foi George (Barry Keoghan) um ajudante de Dawson na embarcação que acompanha no resgate. Ele e Ferrier são uma prova que as circunstâncias da vida e os nossos sonhos nem sempre são aquilos que imaginamos. Às vezes é necessário aceitar alguns destinos para que nos realizemos como pessoas.
Se os diálogos são mínimos, a trilha sonora de Hans Zimmer faz o papel de narradora da história do começo ao fim. Ela não está ali de fundo somente para marcar uma cena, mas ela se encontra presente em quase todo o filme. Os sons de bombas se misturam com os violinos e violoncelos conduzindo a história até o inevitável clímax.
Conheço o trabalho do compositor de outros grandes filmes, mas creio que em Dunkirk Zimmer alcançou um nível de criatividade difícil de superar, assim como o diretor Christopher Nolan. Não foram poucos os momentos que o ar ficou pesado e o coração quase parou pela tensão na tela.
Não há grandes sequências de batalhas, o que deixa as circunstâncias como a inimiga dos personagens para com os seus objetivos, criando um crescendo de suspense de tirar realmente o fôlego. No fim as três histórias se entrelaçam nas últimas cenas e os destinos de cada um finalmente é traçado.
Conheço o trabalho do compositor de outros grandes filmes, mas creio que em Dunkirk Zimmer alcançou um nível de criatividade difícil de superar, assim como o diretor Christopher Nolan. Não foram poucos os momentos que o ar ficou pesado e o coração quase parou pela tensão na tela.
Não há grandes sequências de batalhas, o que deixa as circunstâncias como a inimiga dos personagens para com os seus objetivos, criando um crescendo de suspense de tirar realmente o fôlego. No fim as três histórias se entrelaçam nas últimas cenas e os destinos de cada um finalmente é traçado.
Dunkirk se destaca não somente por ser um bom filme de Segunda Guerra, mas coloca também o público como testemunhas dos dramas dos personagens. O cinema anda batido e mais do mesmo pelo 3D e dificilmente um filme blockbuster nos dá algo de novo para se aproveitar. Porém Nolan aproveita o que se tem de bom da tecnologia cinematográfica atual para entregar uma experiência nova de cinema. Um dos melhores do ano, sem dúvidas.
Ps.: Vale pena ver no IMAX!
Ps.: Vale pena ver no IMAX!
Título: Dunkirk
Ano: 2017
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
Gênero: Guerra, Drama Histórico
País: EUA/UK/França e Holanda
0 comentários
Olá. Lembre-se da cordialidade e do respeito. Qualquer comentário desrespeitoso para com a autora ou com terceiros será excluído.
Obrigada.