Resenha: "A Resposta" (The Help) - Kathryn Stockett

by - domingo, maio 01, 2011



Três mulheres fora de série têm as suas vida unidas por um mesmo ideal.

 Década de 60, Estados Unidos. O auge da segregação racial faz parte da vida de todo norte-americano. Seria como uma linha divisória, intransponível, separando brancos e negros, como se a cor da pele determinasse quem a pessoa é.

Nesse quadro, essas três mulheres, Skeeter, Aibileen e Minny, tão diferentes uma da outra, de realidades distintas, fazerão parte de um movimento que irá abalar a cidade de Jackson, Mississipi.

Quando eu ganhei este livro no meu último aniversário, fiquei receosa com a história que eu iria encarar. Estava com medo que fosse algo tipo de romance moralista, pacato e sem atrativos. Fui injusta, eu sei, não se julga um livro pela capa, mas confesso que a capa deste me chamou muita a atenção.

Comecei a ler sem fazer ideia do que a história se tratava, e mais uma vez fui preconceituosa (irônico, não?) com medo de eu ficar entediada e não terminar a leitura.

Todos esses meus receios foram dissipados quando mergulhei na história dessas três mulheres fantásticas e suas difíceis realidades. A autora escreve com tanta convicção que eu cheguei a acreditar que todos os personagens fossem reais, o que poucos escritores conseguem essa proeza, principalmente comigo.

A facilidade da leitura contribui muito, e logo eu já estava na metade do livro sem perceber. Os momentos de suspense deixa o leitor irritado para saber o que vai acontecer. Havia instantes que parecia uma bomba-relógio, misturando a ansiedade dos personagens juntamente com a do leitor, deixando aquele gostinho de "quero mais".

De todas as personagens, ressalto Minny pelo seu jeito descontraído e muito engraçado. Todos os momentos divertidos da história se deve a ela; não sei por que ela me faz lembrar umas tias que eu tenho.

Aibileen me lembra a minha avó paterna, com o seu jeito meigo e sábio de lhe dar com as situações difíceis, além do seu amor por todas as crianças que cuidou (Ela e Minny são empregadas domésticas).

Skeeter se parece comigo em certos momentos da minha vida, pela aquela terrível crise de "não sei o quem eu sou", "não sei quem eu quero". Das três, ela é "branca", que acaba descobrindo quem realmente são as pessoas que consideravam amigas, e também a si mesma, tomando suas próprias decisões e seguindo seus sonhos.

É incrível como essas personagens são tão parecidas com a vida real, como a minha identificação com Skeeter, minhas risadas com Minny e meu carinho por Aibileen.

Adorei. Não tenho mais nada a acrescentar, além da minha perplexidade de como o ser o humano é estúpido quando quer, no caso da segregação racial. É ridícula, essa é a verdade, e mais rídiculo ainda é o gênio que começou com essa história de inferioridade de raças, sendo que não existe mais em relação a o ser humano o termo raça, criado por aqueles cientistas malucos do século passado causando todo esse estrago, que infelizmente até hoje existe no mundo inteiro.

O romance é a resposta que não existe separação de seres humanos. Somos todos iguais.

"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, sempre haverá guerras"

Bob Marley

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